Aprendendo a ser

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Fá-lo-ei por eles e por outros que me confiaram as suas vidas, dizendo: toma, escreve, para que o vento não o apague.

22 de janeiro de 2011


Me belisca
Me estrala os dedos
Depois atiça (o desejo)
Não faz segredo
Que eu também tenho medo

Entrega tudo
Viaja pelo meu mundo,
Sem data de partida
Me escala,
Me viaja
Mas volta (e logo)
Me vira a cabeça e de ponta,
De quebra, me enlouqueça

Esteja
Permaneça
Me belisca – é fato
Me belisca - é sua tara
Me belisca – isso é um pedido ( pra vê se eu acredito)
Que te tenho aqui comigo
Por horas e horas
Dias e noites, de sol, de chuva...
O tempo que faz lá fora
Pouco importa
Só quero te ter ao pé da porta
Me olhando com avidez de fera faminta
Pega a isca e engole
Sugere
Aponta
Apronta comigo
Apronta a cama e deita comigo
Saboreia tudo
Mas num joga fora
Tira o mel da lua
Vira noite nua
Me sussurra incoerências
Vamo tendo paciência que o tempo voa...
Me pede o que quiser...
Que eu prometo te fazer
Minha abelha que tira o mel da lua
E se for preciso, tem vestido, tem roupão...
A gente se entende
A gente molha tudo
E depois
a gente enxuga.

Um comentário:

Hermes disse...

Que poema lindo, e ao mesmo tempo tão sensual. Que até fiquei envergonhado. Continue assim, muito bom hein, merece até estampar uns versos em letras vermelhas em uma camisa branca. Belisca!

Lembrando que eu mudei para o wordpress, libera o comentário para o wordpress, pq se não nao posso postar. Meu novo endereço é hermesveras.wordpress.com