Aprendendo a ser

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Fá-lo-ei por eles e por outros que me confiaram as suas vidas, dizendo: toma, escreve, para que o vento não o apague.

14 de dezembro de 2008

Vivia tranquilamente
com esperança singela
tudo corria bem
a beleza era amiga dela

mas um dia sem querer
encontrou um belo rapaz
Parecia ter sido um encontro preparado
desses presentes que a vida
nos oferecem com se fossem planejado

tudo havia em comum
sorriso largo no rosto
brincadeira de alegria
um destino entrelaçado
pelas doces coincidências da vida

mas se sabe que quem ama
de vez em quando questiona
será que a amo tanto?
para passarmos a vida juntos

seu olhar o traiu em um momento cruel
e foi buscar outras venturas
desprezando aquele amor fiel

ela não quis acreditar
que o castelo desmoronara
mas via dia a dia o olhar dele se afastar
tão longe que chegou um tempo
em que ela não mais pôde alcançar

ele estava longe
agarrado a lábios que nunca quis beijar
só pela fria curiosidade
que o novo chega a despertar

ela também se perderia
em braços que nunca quis abraçar
mas teria que seguir a vida
então tentou a outro aceitar

se ele arrependera?
Isso resta saber...
Mas no peito de um
O outro vive a sofrer

Seus destinos ninguém sabe
Se perderam na vida a toa
Poderiam ter vivido um do lado do outro
Mas a dúvida impregnou suas almas de amargura e desconsolo

Conto essa parte da minha vida como um marujo conta seu naufrágio
Machado de Assis - Dom casmurro

Um comentário:

Bruna Girão disse...

ai... que triste...

parabéns pela profundidade...

virei aki mais vezes!!!