Aprendendo a ser

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Fá-lo-ei por eles e por outros que me confiaram as suas vidas, dizendo: toma, escreve, para que o vento não o apague.

19 de outubro de 2008

Palavras vãs




"e eu que chamava de amor, a minha esperança de amor"
Clarice Lispector


Sim havia em mim ainda um quê de amor
Desiludido é bem verdade, mas se chamava amor
Que palavraa tão lindas ouvi um dia
Em pouco tempo, não...não foi verdade
O que tua voz me dizia a sussurar
Era só vestígio do que tu dizias sentir
Do que forçavas tua voz a dizer
Pra que dissestes entao, senão sentias bem querer?

É certo, tola eu fui de acreditar
Era a primeira vez que o amor me sorria
E ouvindo palavras tão bem articuladas
Estava sóbria, me recusava a acreditar
Mas tantas vezes tu disseste com certeza
Que as palavras conseguiram me inebriar

Amor vão, em pouco tempo se acabou
E eu comecei, a pensar
Que o que cremos durar uma vida inteira
Às vezes não alcansa uma esquina dobrar

A fugacidade das pessoas, dos sentimentos
Me parece igual a incerteza da flor
Num dia acorda esplendorosa
No outro dia o sol lhe verte a copa com dor

Não, não te culpes, vás em paz
Já não freqüentas os meus sonhos infantis
Já nãio verto as lágrimas que um dia
Eu verti...com pena de mim, por ter perdido a ti.


"Você disse que me amaria até morrer, e até onde eu sei, você ainda está vivo."

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