Aprendendo a ser

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Fá-lo-ei por eles e por outros que me confiaram as suas vidas, dizendo: toma, escreve, para que o vento não o apague.

24 de outubro de 2008

Infância roubada

Não que ela fosse uma qualquer
Pra ele bastava - era mulher
Não tinha pai, não tinha mãe
Solta no mundo - que ingrata aurora!
Aceitaria a qualqur hora o que a vida lhe dera de esmola

Em tenra idade desamparada
Com um cuidado ja nao contava
Olhos perdidos na imansidão
E sentada na calçada
Aos passantes olhava com sofreguidão

Às seis ja procurava
Lugar seguro pra se abrigar
Enquanto os outros a espreitavam
Em sinal de desconfiança ficavam pra ela olhar

Relutava em morar com homem
Se tão menina ela ainda era
Pouco conhecia da vida
Mas de alguma forma ja previa
Que relação seria aquela

Ele dizia cuidadoso
Vou cuidar de ti como um pai
Mas alisava suas pernas
Ela arredia es esquivava
Não queria aquele homem
Mas algo o aproximava

Dia a dia ela fugia
Dormia cedo, se protegia
Fuga inutil ela sabia
Que cedo ou tarde ele a teria

Até que um dia sorrateiro
Da cama dela se aproximou
Afastou lençol, roupa tirou...
Dizia ofegante e com ardor
Peças tiradas uma a uma
Sem respeito, sem pudor
Aquele homem tirou o encanto da ingênua flor!

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